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Arquitetura sustentável para restaurantes

  • Foto do escritor: Jaqueline Ferrer
    Jaqueline Ferrer
  • 30 de ago. de 2023
  • 3 min de leitura

Atualizado: 30 de ago. de 2023


Arquitetura sustentável para restaurantes

Cada vez mais, estabelecimentos estão adotando práticas sustentáveis. A sustentabilidade gera benefícios socioeconômicos e ambientais a todos os empresários. No setor de bares e restaurantes isso não seria diferente, as possibilidades de implementação são inúmeras, desde a construção e reformas dos estabelecimentos até a gestão, logística e cardápio.

Na cozinha, por exemplo, é possível escolher aparelhos mais eficientes, que gastem menos energia e torneiras com geradores que economizam água. Nos banheiros, o reuso das águas cinzas nas descargas é outro exemplo.

Já nos salões, a arquitetura sustentável pode estar na iluminação em LED ou na climatização mista, com o uso de ar condicionado e ventilação natural. O emprego de tecidos sustentáveis nas mesas e cortinas, por exemplo, e de madeira com certificação ou de demolição, bem como o reaproveitamento de mobiliário, a utilização de objetos antigos e revestimentos com porcentagem de reciclados seguem a mesma proposta.

O significado da palavra "sustentabilidade" ainda não está muito claro no inconsciente coletivo. Então, para não complicar muito, aí vai à explicação clássica: sustentabilidade = pessoas, planeta e viabilidade econômica! Ao falarmos de arquitetura sustentável, estamos falando daquela que atende as necessidades das pessoas, respeita o planeta e é viável economicamente.


Na prática, isso quer dizer que os projetos precisam ser mais inteligentes! Edifícios devem ser confortáveis e causar menos impacto ambiental, além de ter baixos custos de execução e manutenção ao longo de sua vida útil. E para se chegar a projetos inteligentes é necessário adotar o “design integrado”, em que se equacionam vários critérios de sustentabilidade como orientação solar, ventilação natural, materiais ecológicos, uso eficiente de água e energia, gestão de resíduos, entre outros.


Há quem pense que para atender a todos esses critérios seja necessário dispor de muitos recursos. Não necessariamente. Estudos indicam que construções sustentáveis podem custar cerca 5% mais ou até custar menos, se bem projetadas (como visto no GSA LEED Cost Study, de 2004). É possível adotar estratégias passivas, que dispensam equipamentos caros e adotam soluções de desenho ainda no papel.


Em tempos de energia cara, uma preocupação corriqueira é o gasto com ar-condicionado, que pode perfeitamente ser minimizado em um bom projeto. Basta orientar as maiores janelas de uma casa para o lado onde o sol nasce e posicionar sanitários, despensas e depósitos no lado poente. Assim, a luz da manhã fica garantida com temperaturas amenas e o calor da tarde não incomoda ambientes de baixa permanência. Um exemplo simples de estratégia passiva, sem custo extra.


É claro que, conforme a escala e necessidade de cada projeto, nem sempre será possível adotar apenas estratégias passivas. Em um grande edifício corporativo, com muitas salas de trabalho, é provável que não seja possível posicionar todas as janelas para o nascente. Nesses casos, é preciso lançar mão de estratégias mecânicas de alto desempenho, como um ar condicionado central, para garantir o conforto de todos os colaboradores. Ainda assim, seria eficaz projetar uma proteção externa para as janelas do poente (os brises ou venezianas) para reduzir o calor e a frequência de uso dos condicionadores de ar.


Outra estratégia importante é a escolha de materiais ecológicos (não nocivos à saúde e de baixo impacto ambiental). No que se refere a materiais estruturais, é necessário optar por aqueles com baixas emissões de CO² no processo produtivo. A madeira, além de ser renovável, é capaz de estocar CO². No caso das tintas, vernizes e químicos em geral, há no mercado uma série de produtos à base de água, atóxicos e de baixo poder contaminante, sem qualquer custo adicional. Basta prestar atenção e fazer a escolha correta. Optar por sanitários de duplo acionamento, arejadores e restritores de vazão em lavatórios contribui para reduzir cerca de 30% do consumo usual de água. Plantas nativas nos jardins favorecem a biodiversidade e requerem menos irrigação.


Assim, para praticar arquitetura sustentável é fundamental entender as edificações como sistemas e pensar os critérios de sustentabilidade de forma integrada. Edifícios compõem bairros, cidades e países! Devem ser entendidos como integrantes do meio ambiente, que além de demandar água, energia e materiais de construção em larga escala, também demandarão infraestrutura, transporte e serviços. Portanto, um projeto sustentável prevê soluções menos impactantes em todo o ciclo de vida do edifício, inclusive o correto descarte ou reciclagem do material empregado. Pensando dessa maneira, cada projetista será também um agente de proteção do nosso planeta.


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FONTE: https://www.wwf.org.br/?56242/Artigo

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